Fui esse ano no começo de abril
pra Portugal, nunca tinha isso lá. Aqui estão minhas primeiras impressões.
Com certeza, dá para perceber que
é um país um pouco mais pobre da Europa, pelo menos comparado à Itália, outro
país que já fui. Os prédios são menos conservados, há uma certa bagunça em
tudo, o transporte atrasa, enfim, nós brasileiros nos sentimos realmente em
casa por lá.
Sempre gosto de comprar um chip
para celular de turista (sim card), mas lá foi difícil de encontrar uma loja da
Vodafone, ou qualquer outra de celular. Achamos logo na saída do desembarque do
aeroporto, que estava lotada, mas queríamos logo deixar as malas no hotel para
passear pela cidade e decidimos comprar depois. Só consegui encontrar outra no Centro
Comercial Colombo, no piso térreo. Acabei não comprando, porque já estava no
fim da viagem, mas muitos pontos turísticos têm internet livre, além da estação
de trem e metrô.
Vale lembrar que internet em
viagem não é (só) pra ficar colocando foto no Insta, mas pra ver mapa, horário
de trem, horário e preço de museu, melhor percurso para os lugares, pesquisar
restaurantes. Eu particularmente acho que a viagem rende muito mais com essa
facilidade, mas tem gente que ache que não precisa, já vai tudo pesquisado
antes (ou perde muita coisa sem perceber). Já prefiro não confiar muito na
minha cabeça, e também não levo guia pesado na mochila pras cidades, então o
celular ajuda demais.
Não me encantei muito com a comida de Lisboa. Fui em restaurantes comer peixe, frutos do mar, mas nada estava sensacional, nem muito bom. Adorei os pastéis de bacalhau, que é nosso bolinho de bacalhau do Brasil, mas enjoa comer fritura sempre. E os pastéis de Belém. Qualquer coisa de farinha branca lá é muito boa (amo farinha branca), mas as refeições mesmo não curti tanto. Fora em Cascais, que a comida foi de comer rezando.
A gente tomou café da manhã todo
dia na Padaria do Bairro, uma padaria que tem várias filiais pela cidade. O
café da manhã custa 2,50 euros e é fartíssimo: um expresso, um sucão da laranja
mais deliciosa que você experimentou na vida (bem laranjada mesmo, azedinha e
doce ao mesmo tempo), e um pão com queijo e presunto, que podia ser croissant,
pão de Deus (parecia uma rosca com coco) ou pão normal. Lá eles chamam
sanduíche de sande. Amei esse café da manhã, que lá chamam de pequeno almoço.
Essa padaria tem 3 opções de almoço também, e o preço é bem razoável.
Achei legal demais reconhecer a
história do Brasil e os gostos da nossa comida por todo lugar. Sem dúvida, dá
pra perceber, pelo menos em Lisboa, que nossa cultura é muito portuguesa mesmo
(claro). Dá muita sensação de identidade, mesmo tendo uma ascendência
minimamente portuguesa na família, mas é questão dos nossos costumes mesmo.
Isso faz Portugal ser muito especial.
O primeiro instinto quando
chegava em um lugar era falar inglês. Inclusive em muitas lojas os atendentes
já vêm logo falando inglês com você. Daí você percebe que fala a língua do
país. O pessoal é muito simpático.
Se conseguir, pegue o primeiro
domingo do mês para estar lá na sua viagem. Economiza muito e as filas são
razoáveis. Vi muita coisa nesse dia, que resolvemos ir ao bairro Belém, o mais
turístico de Lisboa.
A cidade é bem segura, até no
transporte público. Mas ande com atenção, sempre, claro. Bom, eu ando em
qualquer lugar do mundo como se estivesse na 25 de março, não costumo dar
bobeira, porque a crise está grande no mundo inteiro. Tenho amigas que foram
furtadas em Milão e Paris, então não ache que só no nosso paisinho acontece
dessas coisas.
Achei muito bom para fazer compras
para mulher, as roupas são bonitas e o preço muito bom. Tem acessórios lindos
também, bem diferentes e de bom gosto. Pra comprar roupa de festa também achei
ótimo.
Fiquei no Hotel Ibis Centro
Saldanha. É muito barato, limpinho, atendentes educadíssimos, com linha direta
de metrô para o Aeroporto. O bairro bem tranquilo, com 3 supermercados perto,
restaurantes, a Padaria do Bairro a 100m. Adorei. Aliás, diária de Ibis na
Europa é o que há, por R$ 145,00 por dia ficar num hotel de localização
excelente, imagina! Pena que no Ibis não aceitem crianças.
Enfim, pra mim viajar é entrar no
espírito da cidade, pegar transporte público, andar à pé, comer nos lugares que
o povo do lugar come. Acho chato gente que só anda de táxi, fica só em hotel
chique, faz tudo com guia. Afff. Esse povo não conhece o lugar de verdade,
geralmente nem lembra do nome dos lugares que conheceu. Cada um faz o que quer,
claro, a seu estilo, mas pelo que vejo, geralmente quem faz as viagens mais
legais opta muito menos por luxo, não precisa disso.
Bom, adorei a cidade, vou voltar
com certeza, com filhos. Acho que é um lugar que as crianças vão adorar,
principalmente se já estão aprendendo sobre nossa colonização na escola. Sou
suspeita, porque acho que Europa é destino pra criança, e não (só) Disney
(tenho birra de Disney e parques em geral, tipo Beach Park, que já fui, 2
vezes, mas odeio- hehe. Pra mim, nada como uma boa praça pra criança, uma
praia, um lugar cheio de curiosidades – um forte, castelo e por aí vai. Na
Europa se vê criança, até bebês, em qualquer lugar, do museu ao parque, é disso
que eu gosto).
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